OpenStreetMap

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Disclaimer: Todo o texto que você lerá abaixo é baseado em uma pesquisa feita online voltada ao mercado Brasileiro. link para um resumo da pesquisa feita

Não é novidade - ou não deveria ser - que o OpenStreetMap tem uma grande importância no compartilhamento de informação de um local. É uma ferramenta de impacto social para minorias e políticas de ajuda humanitária. Apesar dos grandes esforços dedicados por milhares de mapeadores que se dedicam a cada dia melhorar os mapas, somado ao esforço diligente das grandes BigTechs para promover seus próprios serviços, o OSM está longe de ser o mapa mais popular do mundo. Ou, pelo menos, uma referência tão grande quanto sua irmã Wikipédia.

Uma mina de ouro escondida

Fora um grupo de afissurados em geotecnologia, o OSM é totalmente desconhecido para o publico geral. Como pudemos observar na pesquisa feita, cerca de 68% dos participantes nunca tinha ouvido falar do OpenStreetMap. Apesar de muito provavelmente já terem tido experiências prévias com um dos vários pontos de contato (Tesla, SnapMap, BigMaps, Apple Maps, Facebook, Strava, Mapbox), mesmo assim a maioria das pessoas não conheciam o OpenStreetMap.

Se você se você se preocupa se as pessoas veem seu trabalho no OpenStreetMap, a resposta é simples assim: claro que sim! Elas só não sabe de onde vem!

O principal motivo para essa omissão é que empresas frequentemente tentam esconder nossas contribuições nas linhas mais pequenas e obscuras de termos de serviço enquanto constroem sua própria base dados proprietária dando migalhas para a comunidade. Não preciso citar nomes né?

Mas isso não é uma prática exclusiva das grandes corporações, quantas vezes aplicativos como Maps.me, OSMAnd, OrganicMaps param para lembrar seus usuários que os dados que estão usando veio do OpenStreetMap?

A verdade é que ninguém quer contar sobre sua galinha dos ovos de ouro!

Nem todo mundo quer mapear

Em nossa pesquisa, 47,4% dos entrevistados não têm o costume de de contribuir com o mapa que usam. Isso não é uma surpresa, afinal nem todo mundo tem a paciência ou mesmo interesse em mapeamento. De acordo com outro estudo feito da pirâmide de conhecimento em gis (https://www.gislounge.com/defining-the-role-of-gis-and-needed-skills/) quanto mais conhecimento é exigido para a tarefa, menor é o numero de pessoas “habilitadas”.

o OpenStreetMap deu um grande salto com o ID para popularizar o mapeamento. Ferramentas como Zapto (https://zapto.openstreetmap.org.br/) para adicionar uma localização e iniciativas de trazer mais colaboradores como YouthMappers, Mapathons etc, [falta informação]

No âmbito do usuário comum ainda existe uma barreira grande para que ele possa contribuir efetivamente como um cliente. Se você não leva o produto para o máximo de pessoas usarem, não tem como saber o que deve ser adicionado ou atualizado no mapa!

Onipresença do Google

Não é segredo para ninguém o a BigG domina nossas vidas. Desde as pesquisas que você faz, a forma como você acessa a internet (provavelmente você deve está usando o Chrome agora mesmo) até como você se locomove na sua cudade, ela está lá.

Não há uma alternativa funcional ao Gmaps que funcione no Brasile mesmo para aqueles que tentam substituir acabam tendo o Gmaps como backup. A BigG conquistou esse grande monopólio usando sua posição no mercado de smartphones e ferramenta de pesquisa mais popular. Ela se consolidou como única provedora de mapa para muitas regiões, e com isso para muitas empresas que precisam de dados não tiveram outra opção a não ser render-se ao domínio da BigG e usar o GMaps em seus produtos. Isso leva muitas vezes o OSM para o banco de reservas, no posto de mapa para backend ou uma alternativa mais barata.

A falta de alternativas que tenham capacidade de concorrer diretamente é gritante, até mesmo considerando a comunidade ávida de mapeadores do OpenStreetMap. Hoje mesmo não sou capaz de recomendar nenhum dos clientes disponíveis para um colega ou amigo como uma alternativa melhor para o Gmaps.

As pessoas querem encontrar os endereços!

Se alguém me perguntasse “qual é a minha maior decepção com os clientes do OpenStreetMap?” diria que tenho dificuldade de encontrar endereço!

Isso é um problema serio no Brasil e outros países que insistem em manter suas bases de endereço proprietárias, que não tem como ser importada direto para o OSM.

Dentre os entrevistados, 55,7% disseram achar mais fácil buscar endereço online. Você consegue imaginar uma dessas pessoas usando um dos apps baseados no OSM para encontrar um endereço que ela não conhece e que ninguém se deu trabalho de mapear antes?

Isso leva o usuário a frustração e acaba tornando o OSM em uma ferramenta que não consegue cumprir sua própria função básica.

Projetos como Open Adresses (https://openaddresses.io/) tentam suprir essa falta, mas sua fonte de dados no Brasil não é muito precisa.

O OpenStreetMap por si só nunca quis ser um carro-chefe, e duvido que isso deva mudar a curto prazo. Precisamos de alguém que nos guie para frente, mas não se esqueça aqueles que vieram primeiro.

Resumindo, precisamos de um cliente feito para realidade brasileira…

Location: Centro, Timon, Região Geográfica Imediata de Timon, Região Integrada de Desenvolvimento da Grande Teresina, Região Geográfica Intermediária de Caxias, Maranhão, Região Nordeste, Brasil

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