OpenStreetMap

Provando a qualidade do OSM

Posted by wille on 27 March 2016 in Brazilian Portuguese (Português do Brasil). Last updated on 28 March 2016.

Costumo utilizar bastante o OpenStreetMap quando viajo ou sempre que vou em algum local novo, porém, como meu principal meio de transporte é a bicicleta e quando viajo geralmente caminho, pedalo ou uso transporte público, não tive muitas experiências de utilizar o OSM para planejar rotas de carro.

Esse fim de semana, recebi a visita de uma amiga e alugamos um carro aqui em Brasília. Como não gosto de dirigir, fiz a função de navegador, utilizando o aplicativo Maps.me. Vou descrever como foi a utilização do OpenStreetMap, o que deu certo e onde houve falhas.

Decidimos ir a Pirenópolis e tracei as rotas no OSRM, MapQuest, Maps.Me e Google Maps. Todos forneceram rotas diferentes! A rota do OSRM foi a melhor, pois utiliza mais a BR-060, que é duplicada. Tirei a dúvida perguntando a uma pessoa em Pirenópolis e ele me confirmou que prefere essa rota. O Google preferiu uma rota 20 Km menor, mas com um trecho bem menor de rodovias duplicadas. O Maps.Me foi o que forneceu a pior rota, passando por uma estrada de chão inclusive. O MapQuest roteou por duas rodovias estaduais não pavimentadas, mas esse erro talvez tenha sido causado pela classificação errônea de uma das rodovias como secundária (já corrigi!).

Antes de ir a Pirenópolis, também pesquisei sobre uma fazenda que oferece acesso a algumas cachoeiras, brunch e atividades de aventura. O local estava mapeado no Google Maps, mas não no OSM, porém o caminho até lá estava todo traçado, então foi fácil chegar. Esse é o tipo de informação que só vai estar no OSM se algum mapeador for até lá, enquanto que o Google pode obter a informação de várias formas (o streetview deles vai até a porta da fazenda, por exemplo).

No dia da viagem, depois de ir à fazenda, decidimos visitar uma cachoeira, pedimos informação a algumas pessoas e vi que o caminho até lá também estava traçado, porém sem a informação da cachoeira. Em relação às rotas dentro da cidade de Pirenópolis, todas que tracei no Maps.Me funcionaram muito bem. Apesar de nem todas as ruas da cidade estarem mapeadas com o nome, o centro da cidade estava bem mapeado inclusive com informações das vias de mão única. Fiz algumas sequências de fotos com o Mapillary, que me possibilitaram mapear alguns pontos de interesse quando voltei pra casa.

Em Brasília, tracei mais algumas rotas no Maps.Me para entrar e sair do Plano Piloto e algumas planejei eu mesmo apenas olhando o mapa. Só tive problemas para ir ao Museu do Catetinho, o qual eu não conhecia e que fica bem afastado do Plano Piloto.

Museu do Catetinho mapeado com alguns erros

Como se pode ver na imagem acima, o museu estava mapeado no OSM como um mirante e apenas com o nome de Catetinho. Então fiquei com muita dúvida se a localização estava correta. O trecho que está ligando o museu a algumas vias do lado direito do mapa não existe e isso gerou um erro no roteamento, o que me levou a consultar o Google Maps no meio da viagem.

Museu com mapeamento correto

Assim ficou o museu após as correções que eu fiz.

Essa foi uma boa experiência de utilização do OpenStreetMap! É interessante ver como as informações que colocamos no OSM podem ajudar outras pessoas e como podemos nos beneficiar dessa colaboração também. Nenhum mapa é perfeito. Há algumas semanas, tive prejuízo quando usava Uber porque o Google Maps oferecia dois endereços pro mesmo lugar e escolhi o errado! Acredito que o OpenStreetMap já tem qualidade pra ser utilizado em muitas regiões do país e podemos melhorar ainda mais mapeando com qualidade e conquistando novos colaboradores para o projeto.

Discussion

Comment from santamariense on 31 March 2016 at 23:11

Eu gosto de usar o OSMAnd. Também tenho poucas oportunidades de usar o navegador GPS. Geralmente acabo testando a navegação em locais que conheço bem. A situação atual do OSM no Brasil é “Uma das várias fontes de mapas a consultar. Em alguns locais a melhor opção. Em outros Não. Mas sempre um dos mapas a considerar. “

O openstreetmap tem tudo pra ser a maior e melhor fonte de dados e vai ser. Estamos no caminho certo.

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